A Arquitectura na era Digital não se restringe à concepção teórica de um objecto ou padrão estáticos. A Computação continua a revolucionar a Arquitectura. Os Computadores permitem projectar e analisar numa dimensão diferente da do papel e caneta dando um feedback imediato das configurações espaciais. Simulações precisas associadas à engenharia de hoje permitem criar objectos que de outra maneira seriam utópicos.
Os desenhos bidimensionais são inadequados para conseguir converter na totalidade uma ideia num arranjo espacial físico. Os protótipos em 3D e os avanços tecnológicos no sector da construção permitem um melhor processo conceptual e um desenvolvimento de ideias de um nível que seria impossível de outra maneira, dando lugar a um novo meio de comunicação e expressão visual.
Um computador pode gerar múltiplas manifestações Arquitectónicas em termos de forma, espaço, estrutura e materiais. Surgem assim no contexto urbano estes novos elementos de intercâmbio e comunicação, onde se transmite rapidamente um conceito de geometria e estética através de imagem e movimento.
Embora possamos questionar a atractividade destes espaços, dado que se baseiam no meio que muitos podem considerar publicidade luminosa. A verdade é que se olharmos para Times Square, em que só existe publicidade e revindicação descarada do espaço por parte das marcas comerciais, não deixamos de ver uma vivência urbana muito forte, devido exactamente aos meios audiovisuais que entretêm as pessoas.
Este tipo de manifestações urbanas, promovem a diversidade e a criatividade, encorajam os cidadãos a percorrer a cidade a pé para poderem vislumbrar estes espaços, que jogam com vários elementos para captar a nossa atenção e estimulam os nossos sentidos, com cores, luzes e sons que transformam completamente a cidade.