BIM – ArchiCAD vs Revit vs Vectorworks

23 Jan

BIM (Building Information Modeling) é o termo genérico utilizado para descrever a tecnologia avançada de CAD 3D para modelação e gestão de edifícios e informações relacionadas com eles. Os modelos BIM são diferentes dos sistemas de CAD tradicionais, na medida em que permitem um desenho automatizado, mudar algo no modelo automáticamente modifica todos os desenhos técnicos e vice-versa.

Os programas mais conhecidos que permitem este tipo de desenhos (paramétrico) são o Archicad, o Revit e o Vectorworks, o qual decidi analisar sob várias características desde a facilidade de uso a opções avançadas de desenho, construção Virtual, programação de custos materiais, mapas de vãos e pormenorização. Para isso basta consultar a seguinte tabela

[PDF] BIM_ Archicad_vs_Revit_vs_Vectorworks

Na minha opinião todos estes programas conseguem fazer aquilo para que estão programados sem grandes dificuldades, com algum treino e dedicação permitem criar objectos arquitectónicos incríveis, portanto talvez até seja apenas uma questão de gosto pessoal e não qual destes é o melhor, nenhum é perfeito, tem as suas falhas e as suas potencialidades.

Estes programas podem ser transferidos do site das respectivas empresas em formato trial

ArchiCAD: http://www.graphisoft.com/

Revit: http://www.autodesk.pt/

Vectorworks: http://www.nemetschek.net/

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24 comentários “BIM – ArchiCAD vs Revit vs Vectorworks

  1. Parabéns pelo artigo! Estive buscando informações como essas em outros sites e foi um prazer encontra-lo num blog de língua portuguesa.
    Abs!

  2. parabens pelo comentario. É o primeiro que leio em que não difama os concorrentes da Autodesk. Até o momento só tinha encontrado viciados em autocad que nem sequer aprenderam a trabalhar nos outros programas. Comecei aprendendo o REvit e gostei do resultado, apesar de ele ter uns bugs… o que é normal pois nem todos os programas sao perfeitos. Agora estou aprendendo vector pois uso Mac e nao voltaria a usar PC nunca mais! Sei que que o VW nao sera perfeito, mas com certeza será melhor que o Autocad.

    Att.

  3. Obrigado.

    Sem dúvida que o VW é melhor que o Autocad, porém não consigo deixar de usar o cad exactamente pela facilidade de interoperabilidade com o Revit e outros programas, existindo um maior controlo do mercado por parte da autodesk torna-se dificil não usar os seus produtos mesmo havendo no mercado outros igualmente bons e mais baratos, mas que por sua vez dão mais trabalho a criar um workflow eficiente.

    cumprimentos

  4. parabens pelos comentários…
    Mas como uso muito os softwares, percebi que existem algumas coisas equivocadas, principalmente em relação ao vectorworks…
    Lembrando que a Graphisoft foi comprada pela Nemetschek, isso já alguns anos.
    Não vou criticar o seu critério, mas vi outras comparações e em todas as outras o vector ganhou dos dois, diferente da sua, que a primeira vez que vejo o vector perder…

    Assistência Técnica, não conta pra dizer se o software e melhor que o outro na prática… item retirado

    Sketchup é o melhor e tende a ser o software mais essencial e mais usado no mercado, revit ta longe de trabalhar bem com ele… ou seja, importar/exportar 3 1 3

    Integração? alem de não ser algo que mude a qualidade do programa… mas enfim, mais um item equivocado…
    Nemetschek tem 170.000 utilizadores
    Graphisoft tem 100.000 utilizadores
    1 3 2

    Modelação… então não conhece mesmo o vector, jamais o revit seria o melhor em modelagem entre os 3, no máximo poderia ter a mesma pontuação que os outros

    nova pontuação total:
    21 – 18 – 21

    Revit perde 10 pontos, uns analisados de forma equivocada, e outras que nao fazem diferença no uso do software.

    ou seja, é tudo ponto de vista… e conhecimento

  5. Concordo, claro que essa tabela foi feita de acordo com a experiência que tive com os softwares, cada pessoa tem a sua, por isso mesmo concluo que todas estas ferramentas quando são bem usadas conseguem fazer o que é pretendido. O vectorworks é uma excelente ferramenta, mas aqui apenas estou a tentar dar uma ideia da utilidade global dos programas em função do que é um ambiente BIM, e acho que em termos de BIM o Revit é o melhor. Quanto aos critérios e respectivos erros vi várias fontes e não sei agora localiza-las mas tentarei depois corrigir.

    Obrigado pelo comentário

  6. Olá.
    Achei muito legal o site de vocês e os artigos postados são muito bem vindos. Continuem assim.

    Sobre a matéria dos softwares BIM, ela é bastante interessante. Seria legal se houvesse uma comparação com outros softwares também, como o Allplan e o Bentley Architecture, para engrossar mais o caldo, fica aí a sugestão.

    Tenho certos questionamentos quanto a alguns pontos do quadro comparativo:

    Já que o Revit não possui integração com o Sketch Up, porque ele fica empatado com os outros dois? Pelo o que eu vi, ele era o menos vantajoso.

    O Revit recebe nota 3 em Integração no Mercado de Trabalho pois terá maior força futuramente? Quem garante isso?
    Eu também acredito que futuramente o Revit vá dominar o cenário BIM devido a força que a Autodesk tem, coisas do capitalismo selvagem. Mas nem tudo se resume a Autodesk…

    Bem, é isso pessoal. Valeu.

  7. Obrigado pelo comentário, comparação com outros softwares como os que referiu estarão para breve. Quanto as suas perguntas realmente existe algumas falhas na tabela que irei corrigir. Algumas das informações foram geradas a partir de fontes que diziam nomeadamente que a nível internacional o revit é o mais utilizado dai a nota 3 na integração do mercado de trabalho, logo ele já domina o cenário BIM. No entanto volto a referir que numa próxima actualização todos os factores voltarão a ser revistos.

    Cumprimentos

  8. Olá, gostaria de saber qual o melhor programa para um Designer de Interiores que tenha que fazer planta, perspectivas, cortes e projetos de marcenaria? Estou na dúvida de Sketchup e VectorWorks. Obrigada.

  9. Passarei mais tarde para um comentario mais completo, mas gostaria de elucidar aqui que existe (sim!) uma maneira de exportar com sucesso os blocos de sketchup para o revit… Mesmo que seja so um pouco trabalhosa!

  10. Olá, estou passando para deixar uma opinião. Há uma certa quantidade de tempo venho tentando selecionar o software correto para se trabalhar com arquitetura.
    O lider de mercado, AutoCAD, não traduzia nenhuma inovação, simplesmente é um pagamento alto para substituir o lápis pelo mouse e o papel por uma tela digital. Claro que fornece muitas vantagens por ser um meio digital, mas não traduz o custo-benefício do investimento, já que também implementa novos conceitos que podem vir a atrapalhar a produtividade quando não se tem domínio.
    A partir de certo momento entrou em cena o sistema BIM. Esse sistema sim iniciou um processo inovador, não mais se pensando em como representar mas no que fazer, tendo como produto final não mais uma representação mas uma maquete virtual com um banco de dados incluso permitindo diversas inovações. Diferente do sistema CAD, o sistema BIM produz diferenças no produto e no método de trabalho, consequentemente esse terá um tempo de maturação maior (principalmente quanto ao tempo para descobrir e entender até onde o novo sistema pode se estender).
    É exatamente nesse detalhe que me atenho a discordar um pouco quanto a comparação, não pelos tópicos apresentados, mas sim pela ausência de tópicos comparativos que considero essencial.
    Independente de qual produto você use, o que importa ao final é o produto final e o tempo que se demorou para chegar a esse produto final, isso tudo baseado em uma relação custo-benefício. Ou seja, não importa se você usa sketchup, revit, archicad, ou autocad o que importa é o pdf ou a plotagem/impressão final. No fim, o sistema BIM traduz inovação na produção, mas ainda não é usado dentro do produto, ou seja, o produtor usa o sistema BIM para entregar um conjunto de pdf’s que não possuirão nenhuma informação inclusa nos objetos desenhados (o próximo estágio evolutivo desse mercado será a substituição do PDF por uma mídia virtual com as informações do IFC, mas esse será um passo largo para um processo ainda em maturação).
    Eu possuo experiência com todos os programas aqui citados (autocad, revit, archicad, vectorworks e sketchup), e ao usá-los me deparei com os pequenos detalhes no processo de produção que acabam por elucidar o que afirmei acima.
    Quando iniciei a usar o autocad, senti que esse era o caminho para a inovação, muitos anos depois entendi que de inovação esta apenas na facilidade que um ctrl-z fornece ao contrário de uma borracha, layers não passam de diferentes papéis manteiga ou vegetais, cores e espessuras são diferentes tipos de penas, e comandos como dist e area não passam de apenas uma ou outra conta a menos para se fazer na calculadora. Ou seja, esse não é o futuro, é o passado, mas não se pode esquecer que esse é o processo de produção de muitos e muitos séculos.
    Entra em cena o SketchUp, nada melhor do que brincar de argila, não possuo outra descrição para o programa. Uma massinha de modelar sem sujar as mãos. O que a google promove ao mundo através desse modelador é permitir um rápido e fácil brainstorm. Atualmente ele melhora a apresentação e admite até algumas contas e produção de desenhos técnicos. Mas convenhamos que ao lado dos grandes do mercado, o produto do sketchup parece mais um adolescente rebelde do que um novo Einsten. Seu mérito não pode ser removido quanto a modelagem, mas além disso não se pode passar pois o peso do custo-benefício, digamos tempo-benefício, não compensa.
    Saindo dos softwares básicos e entrando no mundo do BIM temos primeiro o Revit. Adquirido pela Autodesk, empresa que desenvolve e revendo o líder de mercado AutoCAD, o Revit vem ganhando grande fama e uso, mas isso não pode ser visto por mérito do programa, já que acredito que muitos os usam pela empresa e a ideologia de boa integração com o AutoCAD. Infelizmente essas são razões fracas para se usar um programa, quando passamos do sistema CAD para o sistema BIM, conceitualmente imagina-se a completa independência do sistema anterior, ou seja, se vou usar o Revit, não deveria precisar do AutoCAD. O grande problema do Revit é a sua limitação, devido a design conceitual do software. O Revit deve ser o único programa listado até o momento que foi criado do zero para ser um BIM, contudo foi criado e desenvolvido que um certo desdém e crença de uma superioridade inexistente. Esse software foi desenvolvido acreditando que o BIM pode fazer tudo, mas não imaginou que para maturar e chegar ao nível de chegar a fazer tudo demoraria mais 12 anos. Hoje, 2011, o Revit ainda não faz tudo e porque estendê-lo fica a cargo do desenvolvimento do software, o usuário que pagou uma licença cara fica esperando a melhoria, e quando chega deve pagar uma nova licença, e até esse momento tem que retornar e recorrer ao antigo AutoCAD para consertar as limitações. Como exemplo prático, digamos que você está fazendo um levantamento de uma antiga edificação do século XIX onde nenhuma das paredes possui a espessura fixa. Você faz o levantamento e quando pensa “ok agora vou modelar no revit” errado, você não vai, simplesmente devido a premissa de que o revit acha que todos os arquitetos vão fazer paredes uniformes com camadas uniformes, até você poder criar uma massa e convertê-la para parede e depois ver que as janelas não encaixam corretamente e que a parede não poderá ter camadas para detalhamento, você lembra que os últimos 5 dias que você perdeu tentando fazer uma parede sem sucesso seriam 5 segundos com o AutoCAD e acaba usando o velho cad para fazer o serviço. Um outro detalhe para demostrar os erros de prerrogativas do revit, temos por exemplo o fato dele não salvar na versão anterior, ou seja, a licença dele é cara e se alguém com quem você trabalha, seja ele calculista, arquiteto, quem seja, resolve atualizar o revit dele, então você vai ter que pagar um alto preço e atualizar também? Não parece ser um bom método. Acredito que o Revit é um software limitado, que precisa de mais alguns anos (digo no mínimo 3 anos, quem sabe na versão 2014), e que você acaba precisando recorrer a outros softwares como sketch e cad para finalizar o trabalho o que no final acaba sendo um maior custo e você não usa eficientemente o BIM, já que nem tudo fica com dados IFC.
    Após um tempo mudei da plataforma pc para mac, ai me deparei com o fato de não ter nada da Autodesk.
    Comecei a usar o Archicad, principal concorrente do Revit pelo que o mercado traduz. Mas me deparei com outros detalhes. Esse software da Graphisoft, parece bastante maduro quanto a estabilidade, mas a empresa ficou tão fissurada no que eles chamam de Virtual Building, que se esquecei do essencial. O essencial é a representação é o produto final, ou seja, como algo deve ser representado. Algumas pessoas podem me satirizar aqui já que muitos afirmam a representação do Archicad sendo uma das melhores que tem no mercado, mas vou lhes dar um exemplo. Todo projeto deve estar alocado em algum sítio, sem o terreno, o prédio estaria flutuando, o que ainda não existe (caso exista vai sair muito caro e não vai ser algo comum de se fazer). Entramos então no Archicad e resolvemos fazer um terreno. A ferramenta se chama Mesh e ela é baseada em sistema de triangulação, ou seja, as curvas de nível precisam deixar de ser curvas de nível e passar a ser retas poligonais, nesse instante toda a precisão é perdida. Mas digamos que você tem apenas pontos cotados variados e nenhuma curva de nível, você entra e faz um Mesh triangulado desses pontos. Mas esperem um pouco, a representação 2D disso não possui nenhuma curva de nível, não possui nenhum curva em si, e é formada de polígonos imprecisos feitos por triângulos. Ou seja, modelar terreno no Archicad é horrível e impreciso. Nesse ponto aqueles que usam o software vão falar do plugin da Cigraph chamado ArchiTerra, o qual realmente facilita o problema, mas somente facilita, a precisão continua a mesma e o produto não é um objeto BIM e sim um terreno com dados, tendo sobreposto com um conjunto de linhas não conectados, ou seja, mude o terreno e tenha que refazer todo o processo para ter a correta representação 2D. Isso quer dizer que algo tão básico e essencial como criar um terreno e ruas foi esquecido pela Graphisoft ficando a cargo de um plugin de terceiros o qual, para piorar a situação, custa cerca de 1/6 do valor do software. A única vantagem que o Archicad tem sobre o revit é o fato dele ser mais flexível e ser possível de trabalhar com 2D, ou seja, não seria necessário recorrer ao cad para consertar os erros, contudo o resultado é caro e o mesmo que o do Revit, o tão aclamado sistema BIM é perdido já que teria de haver uma mescla de 2D com BIM real. O Archicad tem ainda a possibilidade de fazer objetos novos com a linguagem GDL, contudo, qual de nós sabemos realmente programar, ou temos tempo para isso?
    Por último tentei o VectorWorks da Nemetschek. Esse é o software que decidi por ficar e irei descrever porque. A verdade é que o Vectorworks sempre foi criticado por não ser realmente um BIM. Bem eu tenho que discordar, e concordar. Essencialmente, ele não é um software que se considera pomposo o suficiente para forçar o usuário a usar o sistema BIM, ele pode ser um simples CAD ou um simples modelador (sendo assim alternativas ao AutoCAD e ao SketchUp), contudo, ele é o que acredito ser o mais BIM de todos. Já que BIM significa adicionar dados extras a um objeto qualquer, e ele é um dos poucos onde se pode criar qualquer forma e depois adicionar a ela o IFC Data e informar o que ela realmente é conforme os padrões internacionais do BIM. Acredito que esse seja a melhor forma de se trabalhar, pois não afere limitações ao sistema. O que o Vectorworks realmente é, e é chamado assim, é um sistema híbrido de CAD e BIM, como eu pude perceber o sistema BIM ainda não é capaz de tudo, um dia ele será, mas hoje ele ainda não é. Acho que os produtores do vectorworks devem ter percebido isso, ainda mais pois foram criticados de apenas adotar o BIM a partir de 2009, sendo o sistema iniciado em 2001, sabendo que o BIM não é capaz desenvolveram um método de transformar qualquer coisa em qualquer coisa, removendo assim muitos dos problemas de limitação.
    Um outro detalhe é o custo-benefício do todo. O Vector é o mais barato dos 3 softwares, e ainda sim o mais barato dos 3 conjuntos. Vamos pensar no conjunto necessário para trabalhar com o Revit: para isso precisaríamos do Revit, teríamos de adicionar ao pacote de custos o AutoCAD, o SketchUp, o pacote Office e o Pacote Adobe, dessa forma poderíamos fazer corretamente tudo que precisamos para o produto final.
    Isso tudo se deve pois: teríamos que acertar pequenos detalhes no cad, criar novas formas ainda que conceituais no sketchup, fazer textos e apresentações virtuais no Powerpoint e no Word, e teríamos que ter o Photoshop para fazer a correta versão final do render e o Indesign talvez para criar as pranchas de apresentação. Sendo esse último apenas uma escolha já que se poderia usar as pranchas internamente do Revit.
    Já para o pacote do Archicad: precisaríamos do Archicad, mas também de diversos plugins da Cigraph, depois o pacote Adobe e um renderizador externo como o Artlantis ou o Cinema 4D, além do Pacote Office e do Pacote Adobe.
    Isso porque:
    Teríamos que adicionar plugins para ferramentas essenciais não presentes no programa, o renderizador Lightworks não é bom e seria necessário um melhor, teríamos o pós-processamento do render com o Photoshop e as pranchas com o Indesign (opcional também), os textos com o Word, e as apresentações com o Powerpoint.
    Já com o Vectorworks (isso agora na versão 2011): tudo que se precisaria seria o Vectorworks e o Photoshop.
    Isso porque: O novo render do vector já é muito bom como o Revit, não sendo necessário outro como o archicad, o Vector já produz qualquer tipo de volume então não se faz necessário o sketchup, o 2D do vector já é competitivo com o AutoCAD, ainda seria necessário fazer algum pós processamento do render como todos eles, nenhum pacote office seria necessário já que o vector consegue fazer ótimas apresentações como o powerpoint, e textos como o word formatados.
    Ou seja, o custo unitário é mais barato para o Vectorworks, e o conjunto de pacotes final também é menos custoso. Contudo, isso dependerá de quem irá usar, existe aqueles que sempre preferem usar o word e powerpoint, existem aqueles que usam o indesign independente do que o programa usa, ou aqueles que vão querer ter o piranesi pois preferem os efeitos dele para apresentação.
    Outro ponto que adiciono ao Vector é quanto ao seu uso desde a concepção, ou seja, ele pode fazer planejamento de espaços, e criar relação entre os espaços e depois gerar uma matriz de relação. Esse é um dos métodos mais tradicionais para ser iniciar uma concepção de projeto, enquanto com os outros programas você teria que recorrer a outros softwares ou usar o sistema papel e caneta.
    Quando comparando os três quanto a ferramentas de IES (integrated environment system), acredito que o vector fique empatado ao Revit, mas ambos possuem uma conceituação melhor que o Archicad. Por exemplo, o Vector e o Revit seria necessário criar tabelas paramétricas ou recorrer a programas como o Ecotect ou DesignBuilder. Contudo o Archicad, resolveu criar uma extensão chamada EcoDesigner, mas o que ela lhe fornece são apenas coisas que seria necessário adicionar a uma tabela paramétrica, não chega aos pés dos softwares IES como o Ecotect, e além disso, sendo uma coisa que, sabendo as fórmulas, muitos poderiam fazer, eles ainda querem lhe cobrar pela extensão (a qual na minha opinião tinha que ser integrada ao software na versão mais atual).

    Por fim, após esse longo testamento, gostaria de expressar o porque eu não concordo com a pontuação final em achar o VectorWorks inferior ao Revit e Archicad, pois acho o inverso. Quando uso o Revit ou o Archicad sinto que o software que acaba moldando o meu produto final por estar me limitando, enquanto com o VectorWorks eu não sinto essa limitação. Claro que a interface de cada programa enseja um aprendizado para ser usado eficientemente. Essa é apenas a minha opinião, usar um programa que limita e determina como o seu produto deve ser seria se limitar a uma criatividade regrada, e deixar de criar algo pois o software não permite, ou dá muito trabalho, ou até criá-lo mas demorar o dobro do tempo tentando descobrir como desenhar. Por favor, reavaliem o vector quanto ao custo final, e as outras características como versatilidade e flexibilidade, como é muito citado na internet, o inusitado na construção não é 10% de probabilidade de ser cogitado e sim 90% de chances de ocorrência na concepção de projeto que acaba sendo descartado por ausência de ferramentas ou novas idéias que depois podem ser novamente descartadas por ausência de ferramentas (sendo que essas ferramentas podem ser desde a concepção com lápis e papel, até a construção como a falta de mão de obra qualificada para tal coisa), ou seja, poder fazer qualquer objeto, qualquer forma, facilmente é essencial para qualquer projetista.

    Uma última observação é que o BIM é um subsitema do CAAD, e CAAD significa “desenho arquitetônico auxiliado por computador”, então caso você perceba que esteja sendo limitado pelo software, esse programa não é um CAAD e sim um AAC = “architect-aided computer” (Computador auxilidado por arquiteto). “Não seja um AAC, use um CAAD!”

    (Novamente: desculpem pelo longo testamento)

  11. Caro Diogo, realmente não tinha pensado dessa forma, sim o VW é uma ferramenta mais global. E sendo este post uma primeira tentativa de review de vários programas em simultâneo tem várias falhas que terei que corrigir. Sendo impossível agradar a toda a gente, tento primeiramente informar dando a minha opinião e comparando com a opinião de outros por forma a melhorar o conteúdo do blog. Assim, terei em consideração os factores que enumerou para uma próxima actualização deste post. Obrigado. Cumprimentos

  12. Diogo, tenho mesmo pensamento que vc a respeito dos programas,mas nuca li alguem que escrevesse assim com conhecimento de causa, parabéns p/ vc, um softer que gostaria muito de aprender mas não encontro local p/ fazer curso, sei e que o render tb é otimo é o Microstation architecture vc sabe alguma coisa a respeito dele?

  13. Ola Renato.
    Realmente o Comentário do Diogo é bem consistente de informações.Absorvi bastante.
    Qto ao Microstation, o que eu posso lhe dizer é que:
    em 1995, Conheci um Arquiteto que trabalhava com ele.Em 2008, ouvi de um outro Arquiteto (muito interado em Disciplinas BIM), de que ele não é considerado BIM – e sim -apenas um Modelador.Não saberia lhe dizer se nestes ultimos Anos a Empresa pode ter modificado a Interface do Software.At +

  14. Vectorworks tal como o Diogo diz é uma plataforma hibrida CAD+BIM como tal como software standalone faz mais sozinho do que só o Revit por exemplo, no entanto não sendo totalmente bim a meu veer não consegue competir directamente com o revit ou com o archicad nesse âmbito.

    Como já disse esta é a minha opinião com os softwares que testei e na versão indicada no pdf entretanto farei novo review porque nunca usei o VW na versão 2011 que trás bastantes melhoria na vertente bim. Estou só à espera que saia o ArchiCAD 15 para voltar a comparar todos incluindo o Microstation.

  15. Obrigado Diogo,
    Depois que li o seu comentário, ficou mais claro para mim em qual software devo investir.

  16. Diogo, muito obrigada pela sua longa, mas completa análise.
    Uso o Vector há mais de 17 anos e nunca consegui entender o porque da resistência do mercado à esse software. Enquando o AutoCad insiste em dizer que duas linhas são uma parede o Vector já produz isso como parede 3D desde o princípio.
    Agora com o BIM eu estava em dúvida se deveria permanecer no Vector ou se deveria me abrir para novas tecnologias, pra não incorrer no mesmo pecado dos apaixonados por AutoCad, que não percebem as limitações da ferramente por desconhecerem as concorrentes, por apego passional ou por puro comodismo. Talvez fosse o caso de aprender a trabalhar em um outro programa construído especificamente sobre essas premissas do BIM, sem preconceitos.
    Esse artigo não me ajudou em nada, foi raso na análise de diversos aspectos do Vector que conheço muito bem, e acabou me deixando mais confusa ainda. A dúvida sempre é sobre quantos programas seriam necessários pra fazer a mesma coisa que eu faço com o Vector. Por exemplo, uma boa interface com o 3D Max significa que terei que conhecer e comprar outro software pra fazer a mesma coisa que faço com apenas um. No final o que me interessa é um 3D ou uma animação renderizados em bom nível de apresentação para a apreciação do cliente, e agora com informações paramétricas que me ajudem a montar planilhas, fazer orçamentos e auxiliem no gerenciamento.

    Vc abordou o tema com maior clareza e precisão, de maneira fria e sem corporativismos passionais. Me ajudou a optar por permanecer no VerctorWorks e investir nos cursos sobre o uso eficaz do BIM.

    Mais uma vez, obrigada.

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